terça-feira, 17 de janeiro de 2012

No Atalaião - Crianças dão voz à tradição

A iniciativa, promovida pela Escola mas apoiada pelo Centro de Trabalhadores e pela Junta de Freguesia da Sé, originou um passeio nocturno na noite fria de quinta-feira. No entanto, os rostos das crianças encheram de calor humano todos, e foram muitos, os presentes.

De acordo com a coordenadora da Escola, a tradição foi mais uma vez cumprida com a realização do tradicional desfile dos Reis. Uma iniciativa que tem por objectivo "não só manter a tradição mas também motivar as crianças a estar em grupo, a fazer coisas em grupo, a poder participar em situações novas e perceber que a Escola não são só as aulas mas também toda a envolvência em que ela se insere", conclui Conceição Jacob.

A iniciativa reveste-se igualmente de grande importância para Artur Jorge, presidente do Centro de Trabalhadores do Atalaião, que a classifica de "muito engraçada". O presidente reforça a ideia de que trabalhar em conjunto é sempre uma mais valia para todos, explicando que "com estas actividades conseguimos trazer ao Atalaião pessoas que não moram aqui" e isso é de "louvar". Por outro lado, estas iniciativas "permitem que as crianças conheçam a envolvência da escola".

O cantar das Janeiras representa a primeira actividade do ano, levada a cabo pela Escola em parceria com o Centro de Trabalhadores, desenvolvendo depois "muitas outras", nomeadamente alusivas ao Carnaval e aos Santos Populares.

No final foram distribuídas lembranças e oferecido um beberete, onde o bolo rei foi mesmo rei.


Aumento de impostos provoca despedimentos.

Preocupado com o aumento de impostos, Artur Jorge admite que pode mesmo ter que vir a fazer despedimentos no Centro de Trabalhadores. De acordo com o mesmo responsável, "há já uma quebra de receitas que está a asfixiar financeiramente a instituição". Uma situação ainda mais preocupante porque "os apoios, por parte das entidades, também são cada vez menos, porque elas também não têm dinheiro". Perante isto "não vejo grande saída, se não mesmo ter que despedir alguns funcionários". A juntar a toda esta situação, está ainda o "pesadelo" da factura da electricidade, que agora ficará ainda "mais pesada" com o aumento do IVA para 23 por cento.

Artur Jorge lamenta ainda que, apesar do edifício onde estão instalados ser propriedade da autarquia portalegrense, "termos que ser nós a proceder a toda a manutenção", uma realidade que se afigura "cada mais difícil" porque "não temos dinheiro para fazer face a todas estas despesas".

O Centro Popular de Trabalhadores de São Cristóvão tem oito funcionários, dos quais um a meio tempo, e conta com cerca de 600 sócios com quotas em dia.

Conforme in "Jornal Fonte Nova.

Valério Gandum





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